Foto: Copel/ Reprodução

O banco que ganha com a privatização da Copel

01.08.23 10:53

A decisão tomada pelo governo do Paraná de vender as ações da Copel — que sela a privatização da estatal de energia elétrica — vai gerar um adiantamento de 550 milhões de reais para o Itaú, credor em uma dívida bilionária com a empresa de geração e distribuição de energia.

Isso porque, no acordo firmado entre o banco e a Copel, então controlada pelo governo do estado, há uma cláusula prevendo a antecipação da liquidação da segunda parcela do acordo entre as duas, caso se desenhasse o cenário atual de venda de ações através por oferta pública.

Como o valor pela venda das ações tem de ser investido pelo governo do Paraná, não cabe ao Palácio Iguaçu usar do valor que receberá pela venda (cerca de 5 bilhões de reais) para pagar o banco. Com isso, o adiantamento ao Itaú terá de sair do Tesouro.

Em abril, o governo pagou a primeira parcela da dívida com o banco, que totaliza 1,7 bilhão de reais.

Quando o Banestado ainda era público, em 1998, o então governo anunciou a compra de títulos de dívida pública, oferecendo ações da Copel, a estatal de energia elétrica, como garantia. O Banestado acabaria sendo vendido para o Itaú em 2000, por R$ 1,6 bilhão — mas, dois anos depois, o governo de Roberto Requião (PT) parou de honrar os pagamentos desses precatórios. Desde então, banco e governo entraram na Justiça para garantir as regras do pagamento.

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