O fiador da 'alternativa'
Entre Luciano Huck, João Doria e o gaúcho Eduardo Leite, FHC tenta mediar disputas e exercer o papel de árbitro na definição do candidato do centro para 2022
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A palavra conciliação assume uma coloração nostálgica quando associada ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No início da década de 1990, quando ainda exercitava a habilidade de costurar apoios improváveis, FHC recomendou aos tucanos mais refratários a uma aliança com o PFL a obra Um Estadista no Império, de Joaquim Nabuco. Trata-se de um tratado sobre a política conciliadora do polêmico Marquês do Paraná, ex-primeiro ministro do Brasil Imperial responsável pela estabilidade do reinado de D. Pedro II. Convencer a ala tucana mais à esquerda a digerir a união com os liberais do PFL não foi uma tarefa trivial, mas deu certo. Agora, quase três décadas depois, o ex-presidente avoca para si uma missão não menos complexa: a de construir uma candidatura de consenso no espectro político de centro para as eleições presidenciais de 2022.
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Comentários (10)
Joici
2020-01-26 12:26:05FHC precisa primeiro explicar as compras de voto e de CPIs em seu governo, medidas que o PT seguiu e expandiu, depois o patrimônio dele. Professor, senador e presidente que tem fazendas, apartamentos de mais de 5 milhões etc., etc etc , deveria primeiro explicar depois opinar
MARIO
2019-12-28 17:05:07FHC... mediador de quê !? Seria mais honesto se partisse para alavancar a candidatura do Lula !!!
Danilo
2019-12-22 22:36:41Com toda sinceridade que me é possível, só de ler que um cara como este Huck quer ser presidente do Brasil, me dá vontade de vomitar!
Uira
2019-12-22 20:39:56Portanto, a formação de um CENTRO POLÍTICO trata-se muito mais de uma questão de disposição do que de falta de perspectivas. E antes das eleições presidenciais tem as eleições municipais.
Uira
2019-12-22 20:37:21Assim, havendo um centro de massa de verdade, ele deveria ter não um, mas dois ou três candidatos, pois em condições normais isto significaria que iriam um candidato dos extremos e um de centro para o segundo turno, ao invés de dois candidatos dos extremos. Nesta situação, o centro irrevogavelmente exerceria um papel moderador, pois seria difícil que o candidato de centro ou de um dos extremos ganhasse sem compor com o restante dos partidos de centro que não foram para o 2º turno.
Uira
2019-12-22 20:34:06Mas isto só seria verdade se realmente houvesse um centro de massa que desse estabilidade ao sistema político (ou ponto de equilíbrio, pensando-se em um pêndulo invertido). Do contrário, o pêndulo sempre dependeria de algum fenômeno extraordinário para se mover de um dos extremos para o outro, sem qq incentivo para estacionar no centro em algum momento. Em termos de candidatura, com 3 ou 4 partidos fortes no centro, eles sempre desidratariam os candidatos dos extremos.
Uira
2019-12-22 20:27:04O PT tem em seu nome o maior peso para um partido à esquerda, representar os trabalhadores. Se houvesse espaço para somente um outro partido forte na esquerda, haveria pelo menos PDT e PSB disputando este posto, com PC do B por fora. A questão é que cada um deles carrega seu próprio peso simbólico que acaba por inviabilizar fusões partidárias (a história e a tradição às vezes são um empecilho para a estratégia). Sempre que o pêndulo político oscilasse, um dos extremos tenderia mais ao centro.
Uira
2019-12-22 20:22:09Talvez mantendo a sigla MDB em virtude do simbolismo histórico tendo um tucano como mascote. O resto do Centrão tb pode se fundir, formando um centro de massa bem mais coeso e que desta vez poderia se focar mais em andar com as forças sociais, ao invés de tentarem se locupletar. Quem mais teria problema neste processo seria a esquerda, pois a direita não existe, o que praticamente deixa o caminho livre para Bolsonaro fundar um partido só seu que seja hegemônico à direita.
Uira
2019-12-22 20:18:22Na hipótese mais favorável, o sistema partidário hj conta com mais que o dobro de partidos. No mundo dos negócios a fusão de empresas é uma forma de se obter sinergias e ganhar escala, não há pq esta lógica não valer para o sistema partidário brasileiro. Fala-se de fusão DEM/PSL e ela faz todo o sentido do ponto de vista ideológico e programático. O PSDB nasceu de uma costela do MDB e em tese seria de esquerda, mas enquanto partidos de centro não seria irracional que ambos se unissem.
Uira
2019-12-22 20:15:49Considerando que o sistema partidário brasileiro é completamente disfuncional e fragmentado, fica difícil se falar de um centro coeso. Quantos partidos deveria ter um sistema político democrático para funcionar dentro de uma normalidade esperada? Certamente não mais do que dez. Se o sistema fosse concebido de forma a ter no máximo três ou quatro partidos de centro fortes, com outros 4 de esquerda e direita (2 para cada lado), com um ou outro satélite, não haveria mais do que 15 partidos.