Todos os anexos de Palocci
Crusoé obteve a íntegra dos capítulos da delação premiada do ex-ministro de Lula e Dilma. Saiba o que há de novo nos relatos
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Quarenta dias depois, policiais federais voltaram na manhã desta quinta-feira, 3, à sede do BTG Pactual, no 14º andar de um moderno edifício espelhado na avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. Estavam atrás de novos documentos que possam elucidar mais uma suspeita envolvendo o banco fundado por André Esteves. Desta vez, o vazamento de informações privilegiadas do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, entre os anos de 2010 e 2012, no governo Dilma Rousseff. Como na ação realizada no fim de agosto, que também bateu na casa do banqueiro, a nova investida da Lava Jato está baseada na delação premiada do ex-ministro petista Antonio Palocci, com quem Esteves mantinha uma relação de proximidade desde 2005, no governo Lula. Segundo o delator, o controlador do BTG "grampeou" o BC para conseguir de forma antecipada as alterações da taxa básica de juros, a Selic, e lucrar com operações financeiras. Seu informante, diz Palocci, era o então ministro da Fazenda, Guido Mantega.
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Comentários (10)
Uira
2019-11-18 00:26:47A lógica, no entanto, é a mesma, tanto que a Lavajato não para de tomar tiro vindo do JUDICIÁRIO que quer matá-la para os CRIMINOSOS poderem fugir. E por esta mesma razão é que o roubo das msgs se deu.
Uira
2019-11-18 00:25:05A coisa realmente não é tão complexa de ser explicada, POLÍTICOS e EMPRESÁRIOS são responsáveis pela execução do assalto, enquanto o JUDICIÁRIO oferece proteção e cobertura para eles conseguirem escapar sem serem pegos. Qq um conhece esta técnica utilizada por ladrões de supermercado, geralmente nestes casos só dois CRIMINOSOS bastam. Mas, como é muito dinheiro para ser carregado no caso da corrupção, então é preciso mais gente para roubar e transportar, é mera questão operacional.
Uira
2019-11-18 00:21:58É importante que se desenhe bem detalhadamente para as pessoas como a coisa toda funcionava, explicitando os componentes, as relações e a lógica por trás de todo o modus operandi dos CORRUPTOS. Não seria possível um esquema do porte do Petrolão e outros casos de corrupção sem o JUDICIÁRIO dando cobertura. Enquanto os CORRUPTOS roubam o Estado e a sociedade, o JUDICIÁRIO oferece a cobertura. Assim, os CORRUPTOS conseguem se evadir sempre e podem continuar a roubar sem serem incomodados.
Uira
2019-11-18 00:18:49Não é o que aconteceu com a Castelo de Areia, não é o que estão tentando fazer com a Lavajato? Para deixar o modus operandi bem detalhado, seria bom que algum dos intermediários de JUDICIÁRIO e POLÍTICOS, JUDICIÁRIO e EMPRESÁRIOS, caísse na rede. Depois seria só bater na tecla de como a coisa toda funciona, deixando óbvio os verdadeiros motivos para a mudança da prisão em 2ª instância, soltura de Lula, suspeição de Sérgio Moro, anulação de condenações, fim da condução coercitiva e por aí vai.
Uira
2019-11-18 00:15:07Com isto, o ciclo da corrupção ficaria bem claro. POLÍTICOS e CORRUPTOS se unem para saquear o Estado, mas eles tem um problema: o JUDICIÁRIO. Eles sabem que se o JUDICIÁRIO procurar, ele acha, então o que fazer? O óbvio, vão lá e chamam o JUDICIÁRIO para fazer parte dos esquemas tb. Assim, POLÍTICOS e CORRUPTOS roubam, enquanto o JUDICIÁRIO finge que investiga, só que na hora do vamos ver, ninguém nunca vai preso e a coisa é enterrada (claro que não de graça).
Uira
2019-11-18 00:10:44Uma vez que os vértices já estão estabelecidos, o próximo passo lógico seria demonstrar a relação entre eles. Para isto seria necessário que se revelasse o papel dos escritórios de advocacia na coisa. Não precisaria ser nada de grande escala e alcance, mas algo que fosse irrefutável e incontestável. Por exemplo, um único escritório que fizesse a ponte entre JUDICIÁRIO, POLÍTICOS e EMPRESÁRIOS cumpriria o papel perfeitamente.
Uira
2019-11-18 00:05:08Quanto maior a diversificação de favores oferecidos, mais intermediários entre o JUDICIÁRIO e os outros dois vértices do triângulo teriam que estar envolvidos. Porrete e cenoura, fechar as portas obriga os CORRUPTOS a se moverem em direção à aquelas que ainda estão "abertas". Apesar de neste momento Asfor Rocha representar um intermediário que antes fazia parte do JUDICIÁRIO, é por este último que ele chama a atenção.
Uira
2019-11-18 00:00:07É mais do que óbvio que, da mesma forma que um POLÍTICO não recebe dinheiro diretamente em sua conta corrente, um magistrado muito menos. A venda e o pagamento dos favores deve se dar de maneira dissimulada e a ocultar a verdadeira natureza criminosa da transação. Considerando a extensão do câncer da corrupção e os valores transacionados, é razoável supor que seria necessária uma grande estrutura para viabilizar todas as atividades de dissimulação e ocultação.
Uira
2019-11-17 23:55:33No entanto, este esquema básico serve para demonstrar exatamente que não seria possível toda a corrupção instalada no país sem a participação ativa do JUDICIÁRIO. Do contrário, a relação risco/retorno seria elevada, fazendo da corrupção uma atividade economicamente pouco atraente. No entanto, este raciocínio implica que entre JUDICIÁRIO e POLÍTICOS, JUDICIÁRIO e EMPRESÁRIOS é necessária uma intermediação, o que só poderia ser feito por advogados e escritórios de advocacia.
Uira
2019-11-17 23:49:54Sem o MAU JUDICIÁRIO a MÁ POLÍTICA não poderia subsistir e se propagar. A tríade JUDICIÁRIO-POLÍTICOS-EMPRESÁRIOS é o suficiente para se entender o ciclo da corrupção, sem os EMPRESÁRIOS não haveria PROPINA para os POLÍTICOS e, se não há PROPINA para os POLÍTICOS, então o JUDICIÁRIO ficaria sem função no ciclo da corrupção. Claro que a coisa não é tão simples, pq em um SISTEMA CORRUPTO o que não falta são portas e brechas para se vender favores.