Somos um país de loucos
Numa conversa muito simpática em Brasília, ouvi que o Estado deveria cuidar apenas da Justiça e Segurança Pública, todo o resto ficando a cargo do mercado. Valeria para o mundo inteiro. Quando se examina de perto a paisagem brasiliense, dá mais vontade de reduzir o Estado a quase nada. Mas sou um fatalista: acho que...
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Numa conversa muito simpática em Brasília, ouvi que o Estado deveria cuidar apenas da Justiça e Segurança Pública, todo o resto ficando a cargo do mercado. Valeria para o mundo inteiro. Quando se examina de perto a paisagem brasiliense, dá mais vontade de reduzir o Estado a quase nada. Mas sou um fatalista: acho que as nações, assim como os indivíduos, fazem escolhas próprias nem sempre coincidentes. Algumas conscientes, outras inconscientes. A Europa Ocidental escolheu ser mais estatista, e não se pode dizer que não tenha dado certo. Os Estados Unidos escolheram ser menos estatistas, e deram muito certo. Evidentemente, da mesma forma que ocorre com cada pessoa, as escolhas nacionais podem ser objeto de dúvida. Quando as incertezas são grandes, os indivíduos tendem a dar um tempo, se essa parada lhes é permitida, ou apenas a angustiar-se, na falta de outro caminho. As nações democráticas, por sua vez, promovem eleições regularmente. Elas servem para ajustar ou até mesmo alterar completamente as opções nacionais por vontade da maioria. Há sempre um componente existencial em cada eleição.
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Comentários (10)
Magda
2019-08-31 12:58:22O que mais me surpreende - ou será estarrece? - é pensar que 11 pessoas, algumas malucas mesmo! - controlam um país com 210 milhões de pessoas que, paralisadas, assistem a tudo imbecilmente. É como se víssemos terroristas tomar nosso avião e ninguém tentasse paralisá-los, preferindo cair junto com eles. Só temos uma chance, paralisá-los antes que seja tarde demais!
Dr. Siegfried
2019-08-15 22:40:35Sua análise é perfeita! Como a psicanálise nos permite entender, os mediadores de informação tem um poder enorme - da mãe à mídia - tanto para levar a pessoa a lidar com a realidade fazendo nexos de causa e efeito como para uma leitura da realidade dogmatizada, onde a compreensão passa muito distante do real! "O neurótico constrói castelos no ar, o psicótico mora neles e o profissional da saúde cobra o aluguel" e assim moramos em castelos construídos no ar e somos apenas teimosos iludidos.
Márcia Dietrich
2019-08-15 18:40:49Mário Sabino se superando nos artigos... O melhor - de autoria dele - já publicado na Crusoé. Parabéns ao jornalista e à revista.
Paulo Quaresma
2019-08-15 15:56:52A coluna do Mário Sabino é como um oásis para o viajante que, do lombo de um dromedário, apeia para beber água fresca do poço e estirar-se por uma hora à sombra das palmeiras. Longa vida ao talentoso antagonista.
Fernanda
2019-08-15 15:24:15Adoro a tua lucidez, Mário !
João Carlos
2019-08-15 12:15:19Acredito que isso explica os eleitores elegeram candidatos ladrões, esquerdopatas rapinadores de cofres públicos, pilantras e outros criminosos mais, vai gostar de ser sacaneado lá na baixa da égua.
Maicon
2019-08-15 11:20:11Num país de loucos o mais lógico é ser maluco
Paulo
2019-08-15 09:45:13Mário seu louco... essa coluna justifica minha assinatura!
Suely
2019-08-14 17:39:57Muito bommm.....
Andrea
2019-08-14 16:23:20Se metade dos brasileiros entendessem essa mensagem teríamos alguma esperança.