O código Marçal
O significado da candidatura do ex-coach para a política brasileira
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De todas as bravatas de Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, a mais inofensiva é a de que vai vencer a eleição no primeiro turno. Não há mal nenhum em dizer isso, mesmo que a previsão não tenha amparo nos números. As pesquisas apontam na mesma direção: o esquerdista Guilherme Boulos (Psol), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o próprio Marçal embolados na dianteira. O levantamento mais recente, divulgado pela Quaest nesta quarta-feira, 28, mostrou o primeiro com 22% das intenções de voto e os outros dois com 19% cada um. Ainda há muita coisa para a acontecer. A propaganda eleitoral na televisão, por exemplo, começa nesta sexta, 30, e pode mexer nesse quadro. Mas Marçal não tem vantagem nesse caso, pelo contrário. Seu partido nanico não lhe trouxe tempo de exposição na TV, enquanto Nunes terá 6 minutos e 30 segundos e Boulos, 2 minutos e 22 segundos. Deve haver segundo turno e Marçal pode até não estar nele. Existe um feito, no entanto, do qual o "ex-coach" já pode se gabar, sem medo: ele trincou a hegemonia de Jair Bolsonaro na direita, atualizando com sucesso o código capaz de aglutinar um eleitorado que vivia disperso até poucos anos atrás.
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Comentários (4)
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-08-31 09:50:03Mais um populista sem plano de governo. Alguma diferença dos nossos presidentes? Pois é assim que o povo vota, povo marcado , povo feliz!
CLOVIS LEITE MONTEIRO
2024-08-30 15:21:20Análise abrangente e repleta de conteúdo.
Avelar Menezes Gomes
2024-08-30 14:37:36Cada vez mais a política está se distanciando dos seus fins nobres e se tornando mero palanque para oportunistas de todos os naipes.
KEDMA
2024-08-30 10:53:33Triste saber da postura e o vazio desse candidato.