Conversando com meus botões — em rede nacional
Os sinais claros e evidentes de que a idade chegou para Joe Biden, moído em um debate presidencial, e para Roger Waters, falando sozinho em entrevista
Este conteúdo é exclusivo para assinantes
Faça parte de O Antagonista + Crusoé e tenha acesso ilimitado com:
ACESSO ILIMITADO AOS CONTEÚDOS do site O Antagonista e das matérias semanais da Revista Crusoé
Acesso à área de COMENTÁRIOS nos sites
Converse com o nosso time de jornalismo na live HORA EXTRA (exclusiva para assinantes)
Acesso ao acervo de MATÉRIAS ESPECIAIS DE JORNALISMO da Revista Crusoé
Participação no grupo de disparo de notícias de O Antagonista + Crusoé no WhatsApp
Descontos de até 70%
Notícias mais importantes do Brasil e do mundo
Reportagens exclusivas, bastidores do poder e análise crítica de quem fiscaliza o poder
Jorge Luís Borges gostava muito dos kenningar, o sistema de metáforas usado pelos poetas e rapsodos islandeses em suas canções e poemas épicos antigos que cantavam as façanhas e os azares dos vikings. Dado o tema, logicamente a maioria dos kenningar simbolizava fatos da guerra: a tempestade ou assembleia de espadas, o voo ou a canção das lanças, o festim das águias, e assim por diante. Reli por estes dias o artigo dele a respeito tendo em mente as insuficiências da idade que avança e, visto que os guerreiros de antigamente morriam cedo, só achei um kenning que pode, com boa vontade e força de imaginação, falar da velhice: o que chama a barba do homem de “a floresta do queixo”. É verdade que todo viking era barbudo; se, entretanto, a floresta estiver nevada, será então a barba do velho. Deduzi ou inventei eu, portanto, esse kenning fácil. A metáfora ou alegoria antiga da velhice mais conhecida até hoje, entretanto, está no enigma que a Esfinge apresenta a Édipo: a terceira parte do animal, a que, à tarde, caminha sobre três pernas (suas duas e a bengala). Talvez agora o mundo moderno esteja arranjando uma nova: dar às de Joe Biden. Ou às de Roger Waters.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (7)
José Wanderley Pereira Filho
2024-07-17 10:20:25Há, nisso tudo, e como bem lembrou Ortega Gasset, a ação das circunstâncias. Se Mr. Biden e Sir Waters fossem súditos do nosso Silva iluminado, vivendo à base de uma rica dieta de pés de galinha, poderiam ser, cada um segundo suas vocações, presidente do Brasil ou imortal chancelado pela Academia Brasileira de Letras. Mas algo me diz que eles preferem a senilidade a isso.
Sergio
2024-07-13 13:28:47O que seria pior: um cérebro cheio de ideias e envelhecido ou um vazio total que se acha jovem?
Cybele Ferreura Monteiro de Barros
2024-07-13 07:30:03Em 1989, faltou carne no mercado brasileiro. Na época, o problema não era a falta do produto em si pois, como diziam as reportagens “o boi pastava tranquilamente ao lado de sua amada vaca", mas sim o racionamento promovido pelas distribuidoras, que não aceitavam o congelamento do preço promovido pelo governo federal. Num sábado, estávamos parados na porta do prédio onde morávamos, quando uma senhora se aproximou e nos disse: IGUAL O GUERRRRA! IGUAL O GUERRRRA! com um sotaque assim bem arrastado
Sillvia2
2024-07-12 23:39:12Muito oportuno e a propósito seu texto, já que por nossas bandas o chefe supremo pré octogenário tem pretensões reeleitorais… como dizia sabiamente minha avó: cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém…
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-07-12 10:49:12Tosetto hoje pareceu mais sério. Acho que está com medo do nosso democrata ditatorial. Seja como for, se dessa vez o povo, que acreditou no SILVA que traria a picanha para a mesa do pobre, ver esse imbecil falando em pé de galinha, tome vergonha na cara e cobre as promessas de campanha. De preferência com uma foice na mão, que é a linguagem que os esquerdalhas entendem.
Albino
2024-07-12 08:15:27Muito bom!
Márcia Cabral Dietrich
2024-07-12 08:03:23Excelente artigo... de alto padrão e não de "padrão alto", se é que vc me entende.