A ditadura Vargas, a gentrificação e a Cracolândia: o que há em comum?
Não faltam exemplos das consequências perversas do tombamento nos centros históricos brasileiros
Este conteúdo é exclusivo para assinantes
Faça parte de O Antagonista + Crusoé e tenha acesso ilimitado com:
ACESSO ILIMITADO AOS CONTEÚDOS do site O Antagonista e das matérias semanais da Revista Crusoé
Acesso à área de COMENTÁRIOS nos sites
Converse com o nosso time de jornalismo na live HORA EXTRA (exclusiva para assinantes)
Acesso ao acervo de MATÉRIAS ESPECIAIS DE JORNALISMO da Revista Crusoé
Participação no grupo de disparo de notícias de O Antagonista + Crusoé no WhatsApp
Descontos de até 70%
Notícias mais importantes do Brasil e do mundo
Reportagens exclusivas, bastidores do poder e análise crítica de quem fiscaliza o poder
O instituto do tombamento no Brasil, originado durante o Estado Novo sob a ditadura de Vargas por meio de decreto-lei número 25 de 1937, representa um capítulo peculiar na proteção do patrimônio cultural. Sua inserção no ordenamento jurídico, sem apreciação pelo Congresso Nacional, ressalta sua gênese em um período ditatorial brasileiro. Embora tenha sido concebido com boas intenções, é crucial examinar de que forma esse instrumento pode, paradoxalmente, comprometer a conservação do rico patrimônio cultural do Brasil e seu próprio desenvolvimento.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (7)
Clayton De Souza pontes
2023-11-28 12:57:15A reflexão acima se aplica bem ao rio de janeiro, onde vemos muitas fachadas de casas em ruínas. Brasília também tem seus problemas causados pelo tombamento. A W3 está em processo d abandono com muitas lojas fechadas
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2023-11-27 18:28:00O tombamento de propriedade privada é absurdo e danoso ao próprio património. O estado também não é exemplo na conservação do seu património tombado. Seguramente a política de tombamento não serve para conservar património nem manter viável os centros das cidades (o centro do Rio, outrora lindo, está irreconhecível). Nova política é necessária e a mera conservação através de registro fotográfico não me parece válida.
Daniela Gonzalez Macedo
2023-11-27 10:07:55Boa reflexão. Nunca tinha pensado nesses aspectos, mas é fato que o tombamento não pode ser um fardo jogado sobre proprietários meramente. Discordo sobre a preservação apenas de fotos, mas imagino que deve ser possível flexibilizar o uso e a manutenção de interiores com a preservação de fachadas. E deve haver outras possibilidades que ajudem a preservar o patrimônio cultural sem gerar tanto ônus e o consequente abandono das construções e locais.
Marcia Elizabeth Brunetti
2023-11-26 17:54:20Muito boa essa reflexão e acho que ela vale para todo país. Deve-se tratar com muito cuidado e discussão antes de agir, mas como é citado, em Washington D.C. já mostrou resultados. É claro que um país desenvolvido como USA eles levam à sério e investem em pesquisa antes de propor uma ação como essa.
Manolo
2023-11-26 15:17:38Não concordo. São Paulo já não foi suficientemente destruído em seu patrimônio estético? O centro merecia muito mais conservação do que o foi e hoje prédios históricos convivem ao lado de outros funcionais e de extremo mal gosto. Só concordo que os governos deveriam subsidiar seus proprietários, pois os custos de manutenção são enormes.
Francisco
2023-11-26 07:51:40Interessante, nunca tinha pensado por este lado. Realmente o tombamento, como é hj, parece mais atrapalhar que ajudar o desenvolvimento urbano. Apesar disso, parece haver também um grande interesse especulativo do setor imobiliário.
Rodrigo Carioni
2023-11-24 15:06:21Pergunta: como cidades históricas, como Paris e Roma, conseguem compatibilizar o desenvolvimento com as construções antigas? São vários os casos em que são preservadas as fachadas, com alterações submetidas aos órgão de controle responsáveis. Assim, preserva-se a arquitetura mas com a possibilidade de modernizações internas (e algumas externas) para prover funcionalidade aos imóveis. Ver Roma ao vivo é mil vezes melhor do que por fotos, concorda?