A reconstrução do passado
O Museu Nacional, incendiado em 2018, poderia muito bem ser reconstruído à l’identique, como a flecha da Catedral de Notre Dame
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A Basílica de Saint-Denis, em Paris – onde nasceu o estilo gótico –, vai ter sua flecha reconstruída até 2030. A flecha, que ficava na torre direita, foi desmontada pedra por pedra após um vendaval que a fragilizou em 1845. Até hoje, a Basílica onde eram enterrados os reis da França tem apenas a torre direita. Para a reconstrução, foi preciso escavar, e descobriram-se alguns tesouros arqueológicos, como tumbas do período merovíngio (século 5 até 8) e carolíngio (século 8).
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Comentários (6)
Manoel
2023-05-02 14:20:07Quantos votos a restauração me dará e quanto de comissão eu vou levar... Acho que é só isso que importa... ainda mais no Rio de Janeiro...
Victor Hugo Franco
2023-05-02 10:58:02É curioso ver como essas questões eram abordadas antigamente. No Coliseu, não muito claras as adições provenientes dos reparos feitos na Idade Média. A Catedral de Santiago de Compostela ostenta caracteríscas de escolas distintas da arquitetura, provenientes das reformas que foram feitas ao longo dos séculos. E lá estão, guardando harmonia na medida do possível.
Carlos Renato Cardoso Da Costa
2023-05-01 14:21:55Sou contrário a mudanças estruturais ou de design de monumentos históricos durante reparações. Também sou absolutamente contrário a ideia de se deixar ruir pelo tempo por excesso de pudor. Quanto o museu nacional, que seja recuperado como era, ainda que seja apenas a casca recuperável, já que o que de maior valor, seu acervo incendiado, nunca será recuperado.
Marcia E.
2023-04-29 18:10:51muito bom Josias. É fato que os custos podem gerar grandes debates no nosso congresso, mas precisamos cuidar da nossa história e esse assunto vem à baila quando acontece uma tragédia. Poucos meses e tudo é esquecido.
KEDMA
2023-04-29 10:48:50Ótimo artigo Josias.
Pedro
2023-04-28 16:23:42Prezado Josias. Talvez fosse interessante ler um artigo espetacular escrito por Laurentino Gomes sobre o incêndio no Museu Nacional. Aqui você trata como "incendiado" , compreendo a semântica no caso. Mas, a narrativa real é da negligência dos que dirigiam e trabalhavam no Museu. O relato de Laurentino mostra aquela regra brasileira da "tragédia anunciada" : todos sabiam que a tragédia era iminente. Em nome da "cultura" nunca, ninguém, nenhum órgão de imprensa quis , como Laurentino, a verdade.