Entre a 'frente ampla' e o Centrão
Para governar, Lula terá de abrir espaço para o centro em seu governo, se não quiser ser encurralado pelo Centrão
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Nesta quinta-feira, 3 de novembro, começou oficialmente a transição do governo de Jair Bolsonaro para o de Luiz Inácio Lula da Silva. Emissários do presidente eleito, liderados pelo vice Geraldo Alckmin, do PSB, e pelos petistas Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante, se reuniram em Brasília com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para discutir as tarefas que terão de ser realizadas nos dois meses que restam até a posse. A lei estabelece que a equipe de transição pode contar com 50 nomes, indicados pelo candidato que venceu a eleição e nomeados pela atual administração. Segundo informou Alckmin, as pessoas convidadas a ocupar esses cargos só deverão ser anunciadas a partir da próxima segunda-feira, depois de Lula, que tirou alguns dias para descansar da campanha, bater o martelo. Mas algumas informações de bastidor já vieram à tona. Segundo apurou O Antagonista, o PT pretende ocupar 38 das 50 vagas com nomes técnicos. Com isso, restariam 12 para acomodar o resto do mundo. Transição é aquecimento, não é jogo, e seria prematuro tirar conclusões definitivas sobre a disposição do PT para dividir poder a partir desses números. Mas há muita semelhança com aquilo que aconteceu no primeiro governo Lula, 20 anos atrás, quando o PT abocanhou 20 dos 35 ministérios criados em Brasília e depois recorreu ao mensalão para se arranjar com o Congresso. É justo indagar se o próximo governo será mesmo de uma "frente ampla" – expressão que foi muito usada durante a campanha para indicar que Lula, em seu terceiro mandato, não representaria apenas o PT e seus satélites, mas levaria em conta as preocupações de outros setores da sociedade.
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Comentários (10)
Daniel José Dos Santos
2022-11-10 11:04:26Uma das análises mais lúcidas que eu li. Por isso eu assino o Antagonista e a Crusoé.
MARC2909
2022-11-09 08:58:12Alguém ainda duvida de que será o Centrão de Arthur Lira e Ciro Nogueira que continuará dando as cartas neste país corrupto?
Carlos Renato Cardoso da Costa
2022-11-09 07:25:47Muda o presidente, mas a política é mesma. O resultado também será: manutenção do assistencialismo sem porta de saída, dos privilégios da elite do funcionalismo público e das amarras ao combate a corrupção. E sigamos felizes, são apenas mais 4 após os últimos 30
Mateus Pereira
2022-11-06 18:26:48A única certeza que eu tenho é que o Antagonista/Crusoé vai continuar o seu trabalho de fiscalização, enquanto os outros meios de comunicação vão ...
Luan
2022-11-06 13:36:09Com o congresso maioria de centro-direita o quadrilheiro ex presidiário terá dificuldades em aprovar matérias do seu espectro sem ter que alimentar as bocas famintas do centrão (principalmente MDB de Tebet terceira colocada - cujo apoio comprado ajudou Lula a vencer a eleição). Sem sucesso com o congresso para atender base aliada com pautas esquerdistas, um movimento impeachment pode acontecer, com 50% da população indignada porque a justiça brasileira decidiu que o crime compensa.
Alexandre
2022-11-06 06:37:18O PT não pode esquecer que muitos votos que recebeu foram de antibolsonaristas. Pessoas que, momentaneamente, relevaram a corrupção e a incompetência administrativa do PT para se livrar do bozo. Não se pode mais deixar o PT interferir na Petrobras. J.P. Prates e Gabrielli têm que ficar longe dela. A empresa tinha antes do pré sal (2007) programas de P&D em energias alternativas que foram encerrados em favor de SeteBrasil, Comperj e refinarias que deram em nada.
Renata
2022-11-05 23:23:14Vamos aguardar o Mensalão 2 para ver até onde vai essa oposição renhida.
Alessandro
2022-11-05 16:32:42#brazilwasstolen
Mário
2022-11-05 12:49:416 meses no máximo
Renato Garcia
2022-11-05 11:39:31Desde que para o segundo turno sobraram essas duas figuras nefastas, os próximos quatro anos foram de quase perda total para o País. Se pelo menos a Amazônia deixar de ser predada, já será um consolo ...