‘Nossa independência foi consolidada na guerra’
O historiador e diplomata Hélio Franchini Neto diz que batalhas contra Portugal envolveram mais soldados que as de Simón Bolívar e ajudaram a criar a identidade nacional
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O quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, eternizou o momento em que D. Pedro I declarou, em 7 de setembro de 1822, que o Brasil seria um império separado de Portugal. Para o historiador e diplomata Hélio Franchini Neto, a pintura em que o protagonista ergue a espada não traduz a realidade, por mostrar a independência como algo rápido, pacífico e sem complicações. Amparado em pesquisas recentes, ele afirma que a consolidação desse processo só se deu após batalhas encarniçadas, que envolveram mais homens que aquelas lideradas pelo venezuelano Simón Bolívar, o Libertador da América espanhola. Formado em direito, com mestrado em ciência política, Franchini Neto defendeu uma tese de doutorado em história sobre esse tema, em 2015. O material foi adaptado para o público geral e acaba de ser publicado no livro Redescobrindo a Independência: uma História de Batalhas e Conflitos Muito Além do Sete de Setembro (Benvirá). Depois de trabalhar na embaixada brasileira em Bogotá, Franchini Neto, de 43 anos, assumiu no início do ano a vice-chefia na assessoria de relações federativas do Itamaraty com o Congresso. Ele conversou com Crusoé.
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Comentários (10)
Marcio Flavio Duarte
2022-09-15 11:28:20Infelizmente isso nunca foi ensinado na escola, aliás, quando estudei a História do Brasil, durante os anos 70, nosso herói maior era o Duque de Caxias e Tiradentes era um bode expiatório da elite da época. Nunca fomos "ensinados" a brigar por nossos direitos, muito pelo contrário!
CARLOS ALBERTO ANDRADE SILVA
2022-09-14 18:52:04excelente, esclarecedor, quando um cara competente vai atrás da história o resultado tem que ser muito bom!
Juno
2022-09-13 10:54:40Ótima entrevista! E os melhores comentários são, também, aqueles escritos em bom português (pontuação, sintaxe, etc). Os mal escritos fazem parte do Brasil/lixo.
Mario
2022-09-12 13:16:46A saída do Digo e o crescimento de temas irrelevantes conduzidos por jornalistas prolixos que escolhem mal as matérias me coloca a um passo de desistir de continuar sendo um dos assinantes fundadores da Crusoé. Identidade Nacional? Em tempos que a sua falta é diariamente posta em evidência por quem (ainda) sabe pensar? Tá de brincadeira.
Silvestre Truch Filho
2022-09-11 19:21:41Esclarecedor ,coisas que eu desconhecia.
Wladimyr Mattos da Costa Dourado
2022-09-10 17:48:12está faltando elementos nessa análise. um deles é a retaguarda militar que os ingleses deram para D. Pedro I partir pra cima e tentar evitar essas rebeliões que poderiam fragmentar o Brasil. Mas essa estratégia foi colocada por Dom João VI que sabia do risco e deixou o filho aqui pra fazer isso antes que algum outro aventureiro o faça
Renato
2022-09-10 15:18:51Texto ótimo. Lança luzes novas sobre um fato histórico de suma importante. Valeu toda leitura. O final de semana está salvo, com algo mais inteligente do que Lulas e Bolsonaros da vida. Excelente material.
Paulo
2022-09-10 15:16:14Parabéns ao Hélio Franchini por essa magistral demonstração de conhecimento histórico e por desmantelar a versão do desquite amigável de Oliveira Lima.
Lucia
2022-09-10 14:39:42Excelente entrevista! Vou atrás do livro!
Delei
2022-09-10 08:41:22Entrevista das melhores, valeu a edição da semana.