De volta para o começo
Chilenos rejeitam proposta de Constituição progressista e empurram políticos a recomeçar o processo do zero, sob o risco de novos protestos
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Ao longo de doze meses, um grupo de 155 constituintes eleitos escreveu uma proposta de Constituição para o Chile. Em 170 páginas, eles prometeram um paraíso progressista na Terra, listando mais de 100 direitos fundamentais. A natureza ganharia direitos, assim como os animais. Conceitos como “pessoas neurodivergentes”, “dissidências sexogenéricas” e “integridade afetiva” se espalhavam em 388 artigos. Festejado por progressistas dentro e fora do país, o texto final foi reprovado quando submetido ao escrutínio de toda a população. Em um referendo com 85% de participação (mais do que os 78% de eleitores que votaram no Brasil, na última eleição), os chilenos jogaram o documento no lixo por 62% a 38%.
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Comentários (5)
Nelson
2022-09-12 19:49:10Aqui no Brasil - infelizmente - não teve plebiscito. O monstrengo criado pelos nossos constituintes em 1988 está valendo até hoje. E considerando o que STF inseriu depois sem passar pelo Congresso, a criatura está até mais feia que essa que foi rejeitada no Chile.
Avelar
2022-09-09 13:06:56O "não" reflete maturidade política do povo chileno. Acho que uma constituinte só seria legítima se houvesse uma manifestação massiva na escolha dos eleitos, tipo 70%, e não 43% como essa que foi rejeitada. Talvez a melhor alternativa para o Chile no momento sejam emendas à constituição vigente, que apesar de ter sido gestada na ditadura conseguiu levar o Chile a um bem estar muito superior ao dos outros países da região
Ney
2022-09-09 09:53:20O Chile é uma merda.
Márcia
2022-09-09 07:46:31Eu estava em Santiago no domingo, presenciei uma votação tranquila, não soube sobre nenhuma depredação. Teve sim muita festa e buzinaços pelo rechazo. O povo tem razão, nada de constituição cheia de pegadinhas.
Juliana
2022-09-09 05:00:20Dá pra organizar uma nova Constituição e "organizar" o país (melhorar a saúde, a educação, políticas públicas...) ao mesmo tempo? Ñ entendo do assunto e sou bem simplista, mas, o q me parece, é q estão demandando um tempo precioso com o q ñ é essencial. Em todo o caso, o presidente pende p/ o centro (vai ter q dialogar +) e a população, se qr uma nova Constituição deveria aprender a se manifestar (como nós tb precisamos), essa história de destruir e atrapalhar a vida das pessoas ñ tem cabimento!