Eichmann e o livre-arbítrio voltado para a maldade
A revelação dos áudios de uma entrevista concedida pelo nazista quando vivia escondido na Argentina derruba o conceito da banalidade do mal
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Capturado na Argentina pelo Mossad israelense, o nazista Adolf Eichmann foi julgado por um tribunal em Jerusalém, em 1961, e condenado à morte por enforcamento, no ano seguinte -- a história do seu julgamento foi tema de um livro clássico da pensadora alemã Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém, no qual ela fala sobre a "banalidade do mal". Seis décadas depois, seu nome ainda desperta reflexões. Seria ele um personagem banal, mero elo de uma cadeia produtiva da morte que o ultrapassava? Ou era ele uma pessoa plenamente consciente do que fazia, um criminoso de firmes convicções ideológicas, para quem matar judeus, homossexuais, ciganos e Testemunhas de Jeová fazia parte de sua missão? Era ele meramente passivo ao obedecer ordens ou era um membro ativo do Partido Nazista, um dos artífices do extermínio coletivo, da Solução Final?
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Comentários (10)
Denise
2024-01-05 12:02:10Também penso desta forma. Não devemos amenizar ou esconder a maldade humana praticada, sobretudo as mais terríveis. Ao contrário, seu conhecimento deve ser público para se evitar repetições e servir de alerta para aqueles que não coadunam com tais atitudes.
Elcio Morais de Oliveira
2022-07-14 18:01:27Um artigo muito reflexivo.
Marcos Roberto Candeias Vieira
2022-07-13 14:00:32É cômodo para o indivíduo se esconder atrás da desculpa de que estava cumprindo ordens. É mais uma amostra do vitimismo, que tanto vemos hoje em dia, sendo usado pelas pessoas para encobrir suas próprias culpas.
Ana Galdino dos Santos
2022-07-12 08:36:21Vendo que, mesmo acanhadamente, o debate está se abrindo na área de humanas. Bom para o Brasil.
Amara
2022-07-12 07:54:35Artigo perfeito que não chega ao conhecimento das massas. É assustador o quanto caminhamos pro final desse túnel. A sociedade está se acostumando com a barbárie.
Jose Arlino de Pinho
2022-07-11 21:54:30É o que putin está fazendo.
Carlos Renato Cardoso da Costa
2022-07-11 12:32:38Na Alemanha nazista os executantes argumentavam cumprir ordens e os coniventes argumentaram ignorância. Seria então um país de burros e ovelhas. Nunca! É apenas discurso de defesa para escapar da responsabilidade de toda uma sociedade que atuou efetivamente pelo mal, fosse para manter seu padrão de vida ou para satisfazer seu ideário político -social
Paula
2022-07-11 08:55:03Hanna Arendt e eu fomos muito ingênuas, não nego que para mim a teoria da banalidade do mal fazia sentido. Acho que essa ingenuidade guarda o fato de não poder ou não querer aceitar que haja tantas pessoas tão ruins.
OTTO
2022-07-10 23:23:19Como já dizia Primo Levi.
MAURICIO
2022-07-10 22:43:46O que mais me assusta, é ver que boa parte dos seres humanos podem ser manipulados pelo fanatismo religioso, ou político, tanto de esquerda como de direita. Vemos a cegueira que isso causa, fazendo que boa parte não consiga sequer refletir sobre notícias e coisas, passando a pensar e agir como rebanho. Isso se mostra cada vez mais factível na nossa atualidade. Simples enxergar que o serumaninho é um vírus que merece e deve ser contido e destruído.