Até quando?
Tragédias como a do litoral paulista tendem se repetir com eventos climáticos extremos frequentes e a inação das autoridades com moradias irregulares em áreas de risco
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Voluntários caminhavam entre os escombros das casas na Vila Sahy, na cidade paulista de São Sebastião, quando ouviram o grito de uma criança por socorro. Debaixo de um telhado, eles encontraram um menino assustado de 3 anos no colo de sua mãe. Ele não abria os olhos e sua boca parecia inchada. A mãe e o marido, ao seu lado, estavam sem sinais de vida. A família fora surpreendida por um deslizamento de terra, mas a criança resistiu até ser resgatada por um grupo de quinze pessoas. Outros dois filhos do casal eram dados como desaparecidos. Na mesma Vila Sahy — o ponto mais atingido pelas chuvas do Carnaval do litoral paulista — uma situação inversa foi registrada. Na terça, 21, o bebê de 9 meses Levy Santos de Oliveira foi a primeira vítima do desastre a ser enterrada. Sua mãe ficou ilhada e conseguiu ser resgatada na segunda. Uma irmã de 9 anos precisou ser internada em um hospital na cidade vizinha. No funeral, em que o pequeno caixão branco foi carregado por duas pessoas, os pais recebiam a ajuda de psicólogos e de assistentes sociais. Essa última calamidade traz à tona não apenas os estragos causados pelas mudanças climáticas, como aqueles gerados pela incompetência do Estado brasileiro em impedir que famílias vivam em áreas de risco.
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Comentários (10)
Roberto
2023-02-27 18:46:54Uma ótima abordagem da tragédia.
Sônia Adonis Fioravanti
2023-02-27 17:50:15Infelizmente estamos em um país onde a ganância e a falta de cará ter dos administradores públicos prevalece sobre as funções para as quais foram escolhidos
ROBERTO DE VASCONCELLOS PEREIRA
2023-02-27 17:49:43Como em outros casos, não existe uma vontade séria de resolver os problemas de habitação no País. Principalmente as de risco. Como também não temos políticas sérias para educação, saneamento, transporte urbano, entre outros. Só promessas e encenação. Brincam de governar.
José Roberto Colombo
2023-02-27 08:47:45Parabéns a Revista Trata se de um problema que começa com os políticos sem vergonha, passa pela justiça mal intencionada, meio ambiente ineficaz e uma população que sofre e paga pelos seus erros e dos demais poderes
Jose De Jesus Lima Monteiro
2023-02-27 08:05:20Excelente reportagem. Uma aula do jornalismo autêntico que está carente neste país.
Elisa Oliver
2023-02-26 17:41:53Até o dia em que o povo tomar vergonha e COBRAR ao invés de IDOLATRAR
reg
2023-02-26 14:57:04Parabéns pela matéria! Nada superficial … os inúmeros problemas estão enraizados no poder público que pouco ajudam e mais atrapalham 😪 a começar pela justiça, que está cada vez mais longe da população …triste 🇧🇷
Magda
2023-02-26 11:19:04Até quando? Enquanto famílias inteiras de políticos e de homens públicos não desaparecerem nessas tragédias programadas eles tomarão providências. Viram aquela ministrazinha não sei das quantas, tão importante que não sei o nome dela nem ministra do quê. Pois é, o governo mandou um helicóptero lá para tirar ela e a família de um condomínio pois estavam ilhados. Quando é pra eles próprios, providências são tomadas, o povo que paga tudo que se dane.
Maria
2023-02-26 11:11:54Acho errado colocar a culpa no tal do “poder público”. Como o autor explicou, tem muito mais gente envolvida - a própria sociedade é contra as remoções. Tive a oportunidade de ir a Nápoles e ver Pompéia, que foi destruída pelo vulcão Vesúvio há 2000 anos. Ela fica há vários quilômetros do vulcão, mas hoje há cerca de 1 milhão de pessoas vivendo coladinho nele, inclusive uma rodovia e casas no próprio cone do vulcão. Sei não, acho que nós humanos morremos como formigas…
KEDMA
2023-02-26 10:29:13Ótima reportagem. Enquanto a ganância, o poder e o descaso continuar na sociedade e no poder público, situações como essa se repetirão.